terça-feira, outubro 30, 2007

Ovnis?



Essas merdas n existem...

domingo, outubro 21, 2007

Deixa para trás as manhãs de metal e gotículas chovendo na janela, os rios lentos de luzes brancas à frente e vermelhas atrás, os movimentos repetidos que moldam, devagarinho, aquilo que os passos formaram e que com o tempo se vai evaporando. Percorre o caminho no sentido contrário, ao contrário de tudo aquilo que inventa para si e que vai sustentando a sua visão do mundo. E aos poucos percebe que tudo são desculpas. Alguém lho disse numa noite que persistia na memória. O seu carro acelera, do outro lado da estrada tudo corre, devagarinho, em direcção à inércia. E com os quilómetros o burburinho desaparece, o restolhar acalma, e fica apenas um eco, distante. Diria mesmo que ouve alguém a cantar. Disparate, não há ninguém num raio de quilómetros. Chega à casa. Ainda é de manhã. A centenas de quilómetros já devem ter começado a perguntar o que será feito dele. Nem se lembra que chave é que destranca a porta. Quando a abre, o ar da rua invade um espaço repleto de teias e pó. Escancara as janelas e deixa o som de lá de fora entrar pela primeira vez em anos para dentro de salões gigantescos, ainda engalanados para festas que não chegaram a ter lugar. Puxa da cadeira, estranhamente conservada, e descansa por fim no meio daquele lugar repleto de luz.









E então, como por magia, a música surge . Ninguém a ouve. E então?


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