segunda-feira, janeiro 31, 2005


Ho sbagliato tante volte ormai che lo so già
che oggi quasi certamente
sto sbagliando su di te ma una volta in più
che cosa può cambiare nella vita mia...
accettare questo strano appuntamento
è stata una pazzia!
Sono triste tra la gente
che mi sta passando accanto
ma la nostalgia di rivedere te
è forte più del pianto:
questo sole accende sul mio volto
un segno di speranza.
Sto aspettando quando ad un tratto
ti vedrò spuntare in lontananza!
Amore, fai presto, io non resisto...
se tu non arrivi non esisto
non esisto, non esisto...
e cambiato il tempo e sta piovendo
ma resto ad aspettare
non m'importa cosa il mondo può pensare
io non me ne voglio andare.
io mi guardo dentro e mi domando
ma non sento niente;
sono solo un resto di speranza
perduta tra la gente.
Amore è già tardi e non resisto...
se tu non arrivi non esisto
non esisto, non esisto...
luci, macchine, vetrine, strade
tutto quanto si confonde nella mente
la mia ombra si è stancata di seguirmi
il giorno muore lentamente.
Non mi resta che tornare a casa mia
alla mia triste vita
questa vita che volevo dare a te
l' hai sbriciolata tra le dita.
Amore perdono ma non resisto...
adesso per sempre non esisto
non esisto, non esisto...

No filme mais desilusório, escondida a mensagem. Para quem? Não conheço...

sábado, janeiro 29, 2005



Mais valia ser rocha
Deixar o mar moldar o corpo

Mais valia ser árvore
Deixar os séculos ditarem o destino

Mais valia ser nuvem
Deixar o vento dizer o caminho

Mais valia ser breu
E cego e surdo e mudo




Eu vejo Eu sinto Eu igual Eu sempre Eu claro Eu bem Eu mal Eu olho Eu crio Eu vivo Eu tesouro Eu intacto Eu pois Eu continuo Eu tremo Eu suspiro Eu farto Eu belo Eu igual Eu ouço Eu...

Eu gelo
Eu frio
Eu tremo
Eu sofro
Eu imagino
Eu foda-se
Eu mudo
Eu bolas
Eu nada
Eu penso
Eu demais
Eu nada
Eu não

sexta-feira, janeiro 28, 2005


Ignora-me por favor.

Mal te conheço, e não te quero saber.
Mal te falo, e no entanto cobres-me.
Mal nos lemos, mas algo soa
Em todos os esgares invisíveis

Em todas as palavras trocadas no mesmo milésimo de segundo
Em toda aquela correspondência cega de ideais

Amedrontados por silêncios rejeitados

Nauseiam-me

Os filmes na cabeça
A presunção altiva mas ridícula
O equívoco de tudo

Ignora-me por favor. Não quero cair.
A pulsação destes dias é tanto e nada,
E eu não preciso disto.

Eu não preciso do teu pêndulo.

Ignora-me.

Porque a tua ignorância já eu não consigo ignorar!


- Estavas nervosa? Não se notou...
- Talvez porque se calhar eu não me importe se isto corre bem ou mal...
- Parabéns, és a única pessoa que até agora disse isso. Depois entramos em contacto contigo.



quarta-feira, janeiro 26, 2005

Como asfixiam os ponteiros do relógio à espera da hora em que se sai do quotidiano,
E como é impaciente o corpo que treme de frio, mas que anseia a entrada naquele lugar,
Inundado de luzes pontuadas de escuridão, e de vozes sussurantes,
E de um sentimento comum tão discreto, tão silencioso, tão omitido, mas tão...
Amanhã o teatro de novo
Amanhã de novo o vício crescente
Amanhã de novo a vontade de entregar o futuro ao desconhecido...

sábado, janeiro 22, 2005

Tenho sono. Tenho aquele sono que perdura depois de trinta doses de café forte, que continua a pairar mesmo quando me encontro no meio de uma sinfonia violenta para duas orquestras. Estou cansado, cansado de um espelho igual, límpido, sedento de quebrar, que mantém os seus tons pálidos e frios por um tempo que aguarda a libertação. Tenho sono, daqueles sonos de acordar refeito, daqueles sonos que exigem um carregar no botão do "reset" e começar outra vez. O sono que me mantém desperto mesmo no concerto surdo e isolado das noites.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Finalmente tinha conseguido levá-la ao local que lhe dizia tanto. Dali via-se o mar, apenas o mar, do alto de uma falésia íngreme, imponente na sua altura. Tentou dizer as palavras apropriadas, tentou fazê-la ver quão especial era para ele aquele momento, tentou ouvir dela as coisas certas que queria ouvir. Mas dela saía apenas um linguajar absurdo, falando apenas de coisas que para ele eram absolutamente insignificantes.
- Está frio - disse ela depois de vários minutos de silêncio.
Fez então a única coisa que podia fazer. Durante aqueles momentos, o maior desejo era olhá-la nos olhos e dizer tudo o que lhe ia por dentro. Mas ela não ia compreender. Atirou-se de lá de cima, perante um olhar horrorizado. Ela gritou, mas ele não ouviu. Mergulhou nas águas. Ela começou a chorar, perguntando porquê. Quando ele veio ao de cima e lhe acenou com um sorriso nos lábios, ela percebeu tudo. Percebeu o local, percebeu a luz e percebeu-o. E, poucos minutos depois, mergulhou também. Foi apenas aí que ele a pode olhar nos olhos. Mas mantiveram-se em silêncio, imóveis como outras personagens à beira da falésia, sabendo que vão cair, mas pensando ainda se vale a pena mergulhar...

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Era cego, surdo e mudo.
Difícil, mas não impossível.
Movia-se num mundo de escuridão e silêncio.
Mas movia-se, porque o instinto não lhe tolhera os movimentos.
Carregava uma inscrição consigo, que ostentava ao pescoço:
Não te vejo, não te ouço, não te posso sequer falar.
Mas se me deres a mão, então sei que continuas desse lado.
Alguns diziam que aquela frase era para alguém em especial.
Mas quem poderia ele conhecer?
E, sem medos, vagueava, com um estranho sorriso na face pálida.
Por ele passaram dezenas, centenas de mãos, cuja única coisa em comum era serem estranhas e desconhecidas. Mas fê-lo durante anos, sempre com aquele sorriso enigmático, sempre com a mesma triste doçura, e ainda hoje, de vez em quando, se pode vê-lo, errando por aí, incólume, e dar-lhe a mão... para ele é sempre como se fosse a primeira vez que alguém lhe tocava.

domingo, janeiro 02, 2005

E o ano começa. É uma data no calendário, mas há sempre uma barreira psicológica que cria metas e esquece outras... Um grande ano, e um ano em grande... é o que se quer.

Abraços

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