sexta-feira, novembro 17, 2006

Sempre ele. Felizmente já tive oportunidade de lhe agradecer ao vivo.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Flutuo. Os meus contornos metálicos brilham na noite. Anjo? Meteorito? Pisco os olhos. Repousado sobre um tronco de árvore. Despido. Frio. Pisco os olhos. Sou cápsula de tempo e espaço. Viajo à velocidade da luz para um passado que inventei para fingir que não estou vivo. Pisco os olhos. Deito-me num salão de ópio algures em tempos longínquos. Inspiro. Morro a cada segundo que passa. De novo rodopio como o fumo que me sai dos pulmões. Pisco os olhos. Balbucio frases desconexas, entrevado num recanto escuro, agarrando-me desesperadamente à música que ainda consigo ouvir, memórias falsas de um tempo de falsas emoções e alegrias. Pisco os olhos. Atrevo-me a inspirar fundo flutuando no vácuo. De que serve fechar os olhos? Eles nunca puderam ver nada.


Free Blog Counter