Ontem à tarde!



E quem não veio nem sabe o que perdeu...

As fotos aqui e também aqui.

Tão bom... repito: tão bom...

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A emoção!
Um som de minha autoria (incluído na colectânea "Noite CD-R Ano Um") foi incluído num podcast da rádio zero!

Podem ouvi-lo aqui, no meio de Variações, Rádio Macau, Quarteto 1111...
Power to the people!

Manhã no meu cubículo. Despertador metafórico, o organismo em salto no escuro permanente, a amálgama, o sonho intenso que se viveu e que se queria real, desesperadamente, até ao fim, até ao último segundo. Madrugada no meu cubículo, insónia, o corpo às voltas, solitário, o calor, o tédio, manhã de verão apesar do inverno e do frio, e a magia? Lá fora? Noite no meu espaço, e tudo regride, flutuo para fora da sala, as roupas cobrem-me o corpo de novo e estou em frente à porta. A saída. Tudo normal, lá fora a costumeira chuva de meteoritos. Pressiono o botão. O relógio volta a andar para a frente. O solo à volta liquidifica e revolta-se, tudo treme, os minutos soam com a violência das explosões, no meio uma espiral descontrolada em que não há espaço nem tempo, e numa fracção de segundo passam-se anos, envelheço, rodopio mais depressa do que a luz e encolho até ao tamanho de um átomo. Adio a respiração. Saboreio a paz. Tudo está em silêncio. Lá fora um estranho padrão no restolhar das folhas, no brilho das luzes da rua. Anseio o sono. Adio-me de novo. E tudo porque de repente alguém falou outra vez de amor.